Dor. Sensação desconfortável que evitamos o máximo possível em nosso dia-a-dia.
Logo que ela vem, damos um jeitinho de abafá-la. Deixá-la de lado. Amenizá-la.
O processo de luto é evitado e esta dor fica represada, muitas vezes de forma inconsciente. Passamos a senti-la no corpo físico e emocional, ainda que não saibamos que ela é o gatilho.
E assim vamos evitando cada momento de dor da vida e deixando de olhar para o que ela está cuidando ao surgir.
Acreditamos que cada pessoa tem os recursos internos para lidar com a dor e cuidar dela. E ao oferecermos escuta podemos, em primeiro lugar, colocar nossa presença à disposição. Nada mais.
“Estou aqui com você. Sustentando este espaço para você viver o que precisar viver. Toma seu tempo. Continuo aqui. Como posso cuidar do seu bem estar neste momento?”
Estar presente é potente. O silêncio de quem escuta é, muitas vezes, curador para quem fala.
Da próxima vez que se perceber evitando a dor de alguém, pergunte-se:
“O que dentro de mim dói quando escuto a dor do outro?”
Talvez… talvez… esse nosso impulso de sumir com a dor fale sobre algo muito importante dentro de nós que também precisa ser cuidado.
Aí, dá-lhe trabalho interno. 🙂
E para começar esse trabalho interno, que tal um vídeo da Brené Brown sobre simpatia e empatia?