Por trás de cada sugestão ou conselho existe uma boa intenção em cuidar da outra pessoa. Em alguns casos, também pode estar a dificuldade em lidar com a dor do outro, buscando formas de dissipá-la o mais rápido possível. Outras vezes, faz parte de um vício inconsciente nosso de sempre ter que tecer alguma opinião sobre tudo.
Ao mesmo tempo, imaginamos todos já passamos por uma situação onde essa boa intenção se transformou em desconexão. O que era a “melhor solução” aos nossos olhos, se transformou na última coisa que aquela pessoa precisava ouvir.
Ao praticar uma escuta empática, lembre que toda pessoa tem dentro de si os recursos necessários para cuidar de seus problemas e encontrar suas próprias soluções. Nossa presença ali é um apoio para que ela investigue seu mundo interno e, no seu tempo, encontre soluções que cuidem de si.
E como acreditamos que ninguém é um robô, também vemos a importância de expressar aquilo que está vivo para quem escuta. Afinal, talvez a pessoa gostaria sim de escutar uma opinião ou conselho.
Então, quando surgir essa vontade de opinar, que tal verificar com a pessoa se ela gostaria de receber uma sugestão ou conselho neste momento?
Assim, damos a ela a autonomia de escolher o que faz sentido pra si. E se a resposta for “não, não quero”, a gente pode descobrir que silêncio e escuta também são conversa.