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Lidando com nosso crítico interno usando a estratégia Disney

– Tempo de leitura: 3 minutos
Tudo começa com um sonho, né. Sentimos as cores, detalhes, cheiros, sabores. Muitas vezes, nem precisamos fechar os olhos pra ver esse sonho materializado em nossa frente.

Tudo começa com um sonho, né.

Sentimos as cores, detalhes, cheiros, sabores. Muitas vezes, nem precisamos fechar os olhos pra ver esse sonho materializado em nossa frente.

Porém, em algum momento chega nosso crítico interno. Em alguns momentos ele começa a se manifestar sutilmente, numa voz que diz “- Mas será que dá?”. Em outros, ele chega violentamente e nos diz:  “- Coloca os pés no chão porque esse sonho não tem como acontecer. É praticamente impossível. Até parece que as coisas são tão simples e fáceis assim. Olha pra você.”.

Enquanto não tomamos consciência destas vozes, existe uma grande possibilidade de as mesmas influenciarem nossas decisões e deixarmos uma série de oportunidades e projetos de vida de lado. Com o tempo, talvez surja a sensação de que não saímos do lugar. Pensamentos como “- Nada que faço dá certo.”, “- Eu nunca termino o que começo, que frustrante.”, “Não sou bom o suficiente.”.

 

Pare um pouco, respire.

 

Estarmos conscientes de nossas vozes internas. Esse é o primeiro passo.

E olha, pra mim a frustração veio forte nas primeiras vezes. Rotineiramente eu me pegava falando pra mim mesmo “Cara, como você pode pensar isso?”. Quanto mais me dava conta do crítico, mais crítico eu era comigo mesmo.

Primeira reação: NEGAR. Colocar pra escanteio essa parte de mim.

Aos poucos, comecei a me conectar mais com essa voz. Permitir que ela viesse, e escutá-la mais profundamente.

 

Respira. Acolhe aquilo que esse crítico quer cuidar.

 

Ah… saquei! Depois disso ele parou de aparecer, né!?

Não! Pelo contrário. Eu comecei a percebê-lo mais e mais. Então, aprendi a conviver com ele. Esse crítico continua mais presente do que nunca, mas tem se transformado em aliado. E essa transformação aconteceu quando comecei a exercitar conscientemente um modelo chamado de “Estratégia de Criatividade Disney”.

 

Este modelo foi idealizado por Todd Epstein e Robert Dilts, dois trainers de programação neurolinguística da costa oeste dos Estados Unidos. Eles modelaram o método utilizado por Walt Disney para transformar as suas ideias em realidade, especialmente na forma de seus filmes de desenhos animados. Eles reconheceram que Disney usou três tipos de pensamento – sonhar acordado ou fantasiar, planejar e ser crítico construtivo.

Muitas pessoas também fazem isso. A diferença sobre a abordagem que Disney utilizou, é que ele submetia as suas grandes ideias a esses estilos sequencialmente, enquanto a maioria das pessoas usa todos os três estilos ao mesmo tempo – produzindo um pensamento obscuro, confuso e embaralhado que, frequentemente, resulta no abandono de grandes ideias.

 

Primeiro o sonhador ganha espaço para existir em sua plenitude. Acolhemos tudo o que vier. Nos permitirmos construir esse sonho com todas as suas nuances, detalhes, cheiros, cores e sabores.

Quando o crítico vier para dar um palpite (e provavelmente ele vai vir) olhamos para ele com muito amor e diz: “- Gratidão por vir contar sobre algo importante. Já já é sua vez de se expressar e escutarei com toda a atenção.”. E voltamos a olhar para o sonho.

Uma vez que o sonho ganhou forma, é hora de encontrarmos formas de fazê-lo acontecer. E aí o realista entra em ação.

Detalhamos o plano. Criamos o caminho. Entendemos e escrevemos quais são os passos importantes para que o sonho se materialize.

Provavelmente o crítico vai voltar a bater à porta, ansioso que só ele. Se isso acontecer, respiramos. “- Bem vindo novamente. Te agradeço pelo cuidado e peço para voltar em breve, onde terei total atenção para você.”.

Terminada a materialização do que é necessário para o sonho acontecer, enfim, é hora de abrirmos as portas para o crítico.

Antes mesmo de começarmos, é importante darmos um direcionamento a ele:

“- Olha crítico, seja construtivo. O que você vê de pontos importantes a cuidar para que o sonho se materialize e o caminho a percorrer seja fluido? Diga aí o que tá falho. Fale o que acha que não vai dar certo. Conte seus medos e preocupações. Estou aqui para acolher tudo que está vivo e latente por aí.”.

Uma vez que acolhemos todas as críticas, voltamos a dialogar com o realista.

“- Como cuidamos desta críticas? o que precisa ser feito para reduzir e/ou remediar os riscos levantados?”

Reescrevemos o plano. Devolvemos pro crítico.

Vez ou outra, se não vemos muita saída, voltamos para o sonhador fazemos ajustes no sonho.

 

Importante lembrar:
O crítico não critica sonho. ele critica os planos do realista.

 

Batemos essa bola até crítico, realista e sonhador ficarem confortáveis. O suficiente. E assim, todas as nossas partes tem seu espaço de fala. Cada uma no seu momento. Expressando-se para cuidar de nosso bem estar.

 

Passei a perceber que meu crítico interno sempre está me falando algo importante que preciso cuidar, mas ele ainda não vê como isso é possível. Ele chega para contar sobre necessidades que parecem não ser atendidas com o caminho atual. E quanto mais exercito esse olhar, mas ele se torna presente em mim e nas minhas relações. E me permite escolher qual voz quero escutar, e quando.

Se observe. Perceba como estas personas se manifestam em sua vida. Em seus projetos. Em suas interações.

O mundo que chega até nossos olhos se reconstrói dia-a-dia, a partir do mundo que existe dentro de nós.

Sergio Luciano
Um mineiro que gosta de conversar, aprender com o cotidiano e escrever. Investiga psicologia junguiana, comunicação não violenta, poder, privilégio, democracia profunda, dentre outros temas, para tentar entender um pouco mais esse negócio de relacionar-se com o diferente.
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