Às vezes queremos preencher apenas nossas necessidades e acabamos não dando atenção devida às pessoas com quem nos relacionamos.

Percebi 29 pessoas adultas, inteligentes e experientes desperdiçando tempo precioso porque não encontramos juntas um jeito de transformar o clima emocional.

O que mais mexeu comigo foi pensar sobre como alguns sentimentos negativos estão relacionados com necessidades não supridas. E como sou muito reativa e pouco empática.

Conheci conceitos que ampliaram minha visão de tal forma que me sinto pequena diante de tanto conhecimento, mas num potencial enorme de transformar e ser transformada.

Como muito do que pesquiso sobre comunicação não violenta é baseado no Marshall Rosenberg, foi interessante ter uma visão baseada na Democracia Profunda, que acaba sendo complementar.

O que mais mexeu comigo foi dar-me conta das violências que praticamos no cotidiano sem perceber. E também a identificação da imagem de inimigo.

Percebi que sempre interpretei mais do que olhei os fatos. Isso não fez eu me importar menos, mas me ajudou no autoconhecimento, em reconhecer quando faço isso.

Percebi as minhas muitas fugas para manter um padrão que fui ensinada desde pequena. "Cala a boca menina", "engole esse choro". Hoje eu percebo que vou calar a boca se eu quiser.

Principal ajuda foi acolher os meus momentos que não são tão legais. Parei de ficar num cantinho sentindo vergonha e tentando esquecer o que houve.

Descobri que o que eu dizia apontava para mim. Para diálogos que importavam para meu eu profundo. Para construir coisas que realmente tivessem a minha cara.